A Morte
Autor: Autor
desconhecido
Tema: Morte
Personagens:
Pessoa, Morte
Tempo aproximado: 10
minutos
Sinopse: Conversa entre a morte e uma pessoa sobre os
objetivos da morte. Finaliza com reflexão sobre o que Jesus disse sobre a
morte.
A morte - uma calamidade
que apavora, assombra, angustia. A luta eu o gênero humano trava contra ela
começa antes do nascimento e continua a vida inteira. A morte sempre provoca
humilhação, dor, lágrimas, tristeza e saudade. Nos conceitos da humanidade ela
tem sido campeã invicta;
-
Quem
és, ó morte? Qual o teu objetivo?
-
Meu
propósito é a cessação definitiva de todos os atos cujo conjunto constitui a
vida dos seres organizados, isto é, a desintegração somato-psíquica, que reduz
o homem sucessivamente à putrefação, ao esqueleto e por fim ao pó.
-
Sentes
prazer nisso?
-
Gostos
e cores não se discute.
-
Quais
os teus instrumentos favoritos para ceifares as vidas?
-
A
fome, o frio, abalos císmicos, furacões e enchentes. Acidentes de trabalho e de
trânsito. Ainda me utilizo de outro instrumento, por sinal muito eficiente: o
próprio homem...
-
Como
assim?
-
Os
130 conflitos bélicos nos primeiros 70 anos do presente século já provocaram 90
milhões de mortos. O crime que acontece a cada dia e os vícios que dia a dia
levam milhares de vidas para o meu reino.
-
Por
que és tão imprevisível, tão inoportuna, tão maldita?
-
Conheço
a velha acusação do profeta bíblico, de que subo pelas janelas e entro nos
palácios; extermino das ruas as crianças
e os jovens das praças. Sou mesmo rude. Também implacável. São
privilégios de uma ditadura. Não faço discriminação de pessoas, pois ceifo
crianças e velhos, ricos e pobres, príncipes e plebeus, robustos e
esqueléticos, crentes e descrentes, brancos e pretos, cultos e ignorantes. Até
aqueles cuja profissão dependem de mim: o médico que tenta me afastar, o pastor
que conforta os moribundos, o coveiro que sepulta as minhas vítimas. Todos hão
de passar pela minha garganta.
Somos homens do progresso.
Conseguimos fertilizar desertos, erguer edifícios que alcançam as nuvens,
transplantar corações, visitar outros planetas - e não conseguimos remover,
desviar ou matar a morte. Cada segundo que passa a morte dá mais um passo em
nossa direção. E nós tememos, repugnamos e odiamos a morte. É que estamos vivos
e amamos, adoramos e nos apegamos à vida. Em cada minuto que passa a morte
carrega mais de 100 vidas deste mundo para o seu. Em um ano, são mais de 50
milhões de seres humanos que são levados.
-
Ó
homem insignificante, por que não és capaz de parar a morte?
A morte que os homens
tanto temem, apenas é a separação entre o corpo e a alma;
mas a morte que os homens
não temem, é a eterna separação de Deus.
A
nossa vida não termina no túmulo. A partir do momento em que passamos a viver,
viveremos eternamente. Somos possuidores, portadores da imortalidade. Não
existem mortos. Vivendo no aquém, viveremos no além. Na presente existência
todas as vidas se assemelham, mas na futura, haverá diferença; para muitos,
chamas eternas, para outros, bem-aventurança eterna. Nós somos portadores da
mensagem de Cristo. Não desanimamos, não calamos diante da indiferença deste
mundo frente a mensagem de Cristo. Somos portadores da mensagem de Cristo
proclamada através dos séculos para o homem do século. O cristianismo revela o
mistério da vida. Cristo é a vida, o autor da vida, o Salvador da vida.
Disse
Cristo: "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma. Temei
antes aquele que pode fazer perecer no inferno, tanto o corpo como a alma. Se
alguém guardar a minha palavra, não verá a morte eternamente. Eu sou a
ressurreição e a vida, quem crê em mim ainda que morra, viverá, e todo o que
vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Eu vivo, vós também vivereis. Em
verdade em verdade vos digo: quem ouve a minha Palavra e crê naquele que me enviou,
tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida."
Quando
este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se
revestir de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita:
"Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de Jesus Cristo nosso
Senhor!"
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