HUMOR - RÁDIO VAIPRASCARA BOLACHADA SOCIEDADE AMÔNIA
Levantando aquela fumaceira, está no
ar, a 100...120...150...200 quilovates por hora a Rádio Vaiprascara Bolachada
Sociedade Amônia, a rádio mais sinforizada do mundo. Nos domingos temos
programação de gala. Nos doias de semana, de galinha. E por falar em galinha,
esta é a única rádio que não sai da linha: seus estúdios estão assentados em
coima da estrada de ferro. Por sinal, ferro foi o que o m;edico mandou tomar o
nosso gerente. Depois disso, ele é o nosso testa de ferro. Só não pode tomar
mai ferro, senão enferruja.
ATENÇÃO PARA A HORA CERTA:
Ao bater do bombo (puuuuuuum),
confira a hora no seu relógio e informe-nos; estamos sem relógio desde o dia em
que o cuco fugiu. Não sabemos o que deu na cuca do cuco.
SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA
Aviso da Cmpanhia Estadual de Energia Elétrica: nossos postes
de luz só batem nos carros em legítima defesa. Enquanto houver carros que batem
nos postes, não poderemos dar a luz, ora pílulas.
PROFESSOR MEMORINO DA CACHOLA FURADA
AVISA: não sairá mais a conferência sobre o Poder da Memória, por que não se
lembra onde colocou a conferência, nem quem foi quem convidou e nem onde devia
proferir a mesma. Mas afirma que provará que quem não tem boa memória é porque
está atrasado 100 anos.
ATENÇÃO, URGENTE: O senhor Mané Dormicha, residente à rua
Cachorro Quente, troca, vende, financia seu galo acostumado a cantar às 3 h da
madrugada por um que canta às 8h. É problema do horário de levantar.
(Música)
ENTREVISTA: E agora, senhoras e senhores ouvintes, temos
o prazer de receber a honriclitante visita do Dr. Joaquim Manoel Portuguino,
que nos concederá uma entrevista exclusiva (entra o dito).
Rádio: Dr. Joaquim Manoel, é
uma honra receber sua visita.
Joaquim: Não é por eu estar
na minha presença, mas muito me honreia entrevistar a você.
Rádio: Nós é que vamos
entrevistá-lo.
Joaquim: Não há de que. A
ordem dos fatores não altera o produto, como dizia um filósofo anônimo chamado
Leôncio Estrôncio.
Rádio: Dr. Joaquim, parece-me já ter visto sua
fisionomia em outro lugar. O srnão...
Joaquim: Que esperança. Desde
que eu nasci minha fisionomia sempre esteve aqui em cima do pescoço.
Rádio: O sr. É doutor em quê?
Joaquim: Em Portugal.
Rádio: Mas, qual é sua
especialidade?
Joaquim: É comer farinha de
mendioca e assobiar ao mesmo tempo.
Rádio: E como médico?
Joaquim: Sou especialista em
ínfimos seres semoventes invisíveis a olho cru. Apenas lobrigados pelas
membranas retínicas da visiva através de disposotivo tubóide com lentículas amplificantes.
Entendeu?
Rádio: Não.
Joaquim: Nem eu; sou
especialista em bactérias.
Rádio: Quantas espécies de
bactérias existem?
Joaquim: Duas: bactérias com
acento no “e” e bacteria com acento no “i”.Depois de muitos anos de estudo,
descobri que a primeira existe no organismo e a segunda existe nos carros.
Aliás, me dedico tanto ao estudo que minha mulher chegou até a pedir o
revórcio.
Rádio: Divórcio!
Joaquim: Aliás, esquite.
Rádio: Desquite!
Joaquim: Dez quites não,
apenas um quite. Quando chegamos no juizado de menores para distratar o
assunto, o Juiz perguntou: Há quanto tepo vocês estão casados um contra o
outro? Aí eu assumi o verbo e respondi: Eu não sou contra ela nem a favor,
muito pelo contrário. O problema é de dialogar. Ela nãi dialoga comigo. Nesse ínterim, minha mulher respirou raso e
proclamou do alto de sua mini-saia: Ele que decida aqui: ou eu, ou as
bactérias.
Rádio: E o senhor?
Joaquim: Optei pelas duas: de
dia ficarei com minha mulher e de noite com as bactérias. Ou melhor, o
contrário do inverso.
Rádio: Mudando de assunto, o
senhor gosta de Shakespeare?
Joaquim: Não sei, nunca comi.
Rádio: Qual foi sua maior
descoberta científica?
Descobri que a pulga ouve
pelas pernas. Eu gritava para a pulga: pula e ela pulava. Depois, cortei as
pernas da pulga e gritei: pula, e ela nào pulou mais; portanto, a pulga ouve
pelas pernas.
Rádio: para terminar, Dr.
Joaquim, como o sr. É português, eu lhe pergunto se já leu Os Lusíadas, de
Camões.
Joaquim: Não li, por que o
autor é um anônimo e eu não costumo ler livros escritos por ninguém.
Rádio: Muito gratos pela
entrevista, Dr. Joaquim Manoel Portuguino.
(Música).
E atenção, continuando nosso
programa de palco-auditório, vamos trazer aqui dois famosos artistas, que,
aliás, noivaram há pouco: Zé C. Bento e Chica Bão.
Chica ão, cante A Praça como se fosse a terna recordação
de seu primeiro encontro com seu noivo Zé C. Bento. E o Zé C. Bento também
poderá entrar na música fazendo um dueto de amor e de felicidade.
Chica: Maestro, Taba Qudo,
manda brasa. (introdução).
Hoje eu acordei estourada com você
chutei a sua foto que de feia amarelou
sentei naquele banco da pracinha só por quê
foi lá que eu desmaiei com o teu odor...
Senti que os vizinhos todos te reconheceram
como um fantasma de uma outra encarnação...
Ficaram tão tristonhos que até emudeceram
Aí alguém gritou: é ASSOMBRAÇÃO.
A mesma cara de orangotango
Blusão de cores, parece um jardim
Diz que é o tal e até insiste
Mas o bom mesmo é você comer
capim.
Zé: Ah, é? Pois agora eu vou
te dar o troco.
Hoje eu acordei enojado de você
Peguei um pesadelo que de susto me matou...
Sonhei que você vinha com essa cara de nenê
Pedir-me em casamento, que horror!
Senti que suei frio e todos me reconhecera
E eles entenderam minha triste situação
Na hora em que as roupas que tinham umedeceram
E vieram oferecer-me um macacão...
A mesma planta, o mesmo tranco
as mesmas cores, o mesmo cetim
tudo é igual, ninguém resiste
é dose de elefante prá mim...
Chica: Agora tu vai ver, seu
descarado de marca registrada.
Secou aquela árvore tão linda onde eu
com canivete um caminhão eu rabisquei
Escrevi no caminhão teu nome no pneu
e no carburador te desenhei...
guarda
ainda é o mesmo que um dia se assustou
olhando
aquela cara amarela de você
Aquela
tua pança, a cabeçorra, por favor,
Põe
até os velhos a correr...
A mesma cara de
orangotango ...
Zé: Pois eu vou te fazer
comer capim no cemitério.
Aquele teu jeitinho fofoqueiro já te viu
Me deixa envergonhado, eu te falei,
E essa voz de sorveteiro quem ouviu
Prefere ir pro brejo, eu já sei...
A gente vai se enchendo, é uma desgraça...
Eu vou te pedir por caridade, sim senhor
agarre aquele nosso banco lá da praça
e vá pro cemitério, por favor.
A mesma plasta, o mesmo tranco...
Rádio: Aí estão Zé Bento e
Chica Bão, a mesma plasta e a mesma cara. Se o noivado é essa pauleira,
imaginem o que vai dar no casamento. Grato a vocês.
E atenção, ouvintes, para o
nosso repórter extra ordinário:
Bota Alegre: Encontrou-se
nessa capital um sujeito tão alto, que para calçar os sapatos tinha que descer
de elevador.
Curutiriba: Grande sucesso
estão fazendo duas artistas negras que conseguem imitar tudo com a máxima
perfeição. Toda vez que imitam as nuvens chove torrencialmente. No outro dia
imitaram tão perfeitamente uma cascata que foram contratadas para acionar uma
usina elétrica.
Santa Catarina: Acaba de ser
instalada nesse Estado a primeira Fábrica de indireitar bananas. Mas os seua
diretores estão a braços com um grande problema: não sabem ainda se devem
aproveitar a casca ou o caroço da banana.
Vaca-Ria: Os cientistas dessa
cidade ainda não conseguiram descobrir como a vaca ria, mas, por outro lado,
descobriram há pouco porque o boi baba: porque não sabe cuspir.
Portucas: Uma grande onda de
furtos está acontecendo por aqui e somente agora a polícia descobriu a causa:
por ocasião do Dia da Pátria, O Governo mandou cerrar as portas, sobrando
cancha livre para os larápios.
E por aqui nós também vamos
cerrando este noticiário, que está mais espichado que chingada de gago.
(Música).
Rádio: E chegamos ao final de
nossas transmissões de hoje. Vamos também nós cerrar as portas dessa Rádio
depois de termos nossa missão de encher os espaços.
(Música).
Em matéria de encher, somos
TRI-CAMPEÕES: enchemos o ar, enchemos a cara e enchemos vocês. Boa Noite e até
o próximo enchimento.
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