Espelho,
Espelho Meu Existe Alguém Mais Pecador Do Que Eu ???
Jovens
do Departº JELPAZ - Vila Velha - ES
Cena I
(A
entrega dos Dez Mandamentos. O palco está totalmente às escuras, com um único
foco de luz sobre o ator que representa Moisés. Deus lhe dirige as palavras
escritas em Êxodo 20.2-17 (um jovem lê o texto na Bíblia enquanto uma música de
fundo bem baixa toca. Esta podendo ser só instrumental.). Moisés permanece em
silêncio, ouvindo, segurando nas mãos as Tábuas dos Dez Mandamentos, não
mostrando para o público.)
Cena II
(Os
1°, 2° e 3° Mandamentos. Deus fala a Moisés, que se encontra no canto do palco,
os 1°, 2° e 3° Mandamentos, com um foco de luz direcionado para ele, depois
apaga-se a luz e vem a cena.)
Deus: Eu sou o Senhor teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim. Não
tomarás em vão o nome do Senhor, teu Deus, porque o Senhor não terá por
inocente o que tomar o seu nome em vão. Santificarás o dia do descanso.
Música
alta o tempo todo, começando lento e ir aumentando no rítmo. No centro do palco
encontra-se um ator vestido com uma túnica branca representando um cristão. Em
uma das mãos, ele segura uma placa em formato de coração, onde se encontra
escrito “DEUS”. Um ator entra em
cena carregando outra placa com os dizeres “NÓS ADORAMOS" (ou se preferir um jovem fala estas palavras -
alto). Em seguida, dois outros atores vestidos de negro, tentarão seduzir o
cristão lhe oferecendo coisas que representam falsos deuses, como dinheiro,
bebida e comida. Eles irão sujando a túnica branca do cristão (com tinta guache
- preta), que, em vão tenta resistir. Após isso, eles se retiram de cena. O
cristão permanece, com a placa abaixada quase caída . Novamente, um ator passa
no palco com uma placa onde se vê escrito “JURO
POR DEUS QUE ESTE É O CAMINHO” (Ou antes dos dois atores saírem fala um
jovem estas palavras). Claramente se perceberá o uso do nome de Deus em vão, ao
se dizer que o caminho das tentações e da transgressão aos Mandamentos é o
certo. Continuando a cena, uma placa (ou jovem dizendo) onde se lê “DOMINGO: DIA DE LAZER” será exibido ao
público. Dois atores, representando “alternativas mais agradáveis” de coisas
para se fazer no dia do descanso (praia, futebol, rock...) irão continuar
sujando a túnica do cristão. Nenhum destes atores falará nada; apenas
utilizarão expressão facial e corporal para representação. (se desejar pode até
utilizar frases chaves ficando a critério de cada um). Ao final da cena, todos
os personagens que representam as transgressões contra os três primeiros
mandamentos estarão no palco continuando a sujar o cristão. Ele, por sua vez,
na tentativa de as libertar, rasga a túnica suja mas não consegue arrancá-la de
si devido ao seu afastamento de Deus. Durante toda a cena, este cristão vai
abaixando e tentando pegar a placa caída no chão com o nome de DEUS, simbolizando seu afastamento do
Senhor e sua fraqueza de fé.
Cena III
Os
4°, 5° e 6° Mandamentos
Deus: Honrarás a teu pai e tua mãe, para que vás bem e vivas muito tempo
sobre a terra. Não matarás. Não cometerás adultério.
Entram
em cena pai e filha discutindo violentamente, pois o pai encontrou, no quarto
da filha, um exame de gravidez positivo. Durante a discussão, ela fala que o
filho é de um homem casado e confessa um aborto.
(Música
alta até o início da fala - Num rítmo de suspense)
Filha: Como você se atreveu a mexer nas minhas coisas?
Pai: Não interessa! O que interessa é aquilo que encontrei no seu quarto!
Filha:
Dane-se pai! Era meu! Era particular!
Você não tem nada a ver com isso! É problema meu!
Pai: Problema seu, problema seu vírgula! Eu sou seu pai! O que você fez é
uma vergonha! Quem é o pai dessa criança!
Filha: Você não vai querer saber!
Pai: Por quê? Eu conheço?
Filha: Conhece, sim, é o Mário ...
Pai: Quem?!? Como você se atreveu?!? Ele é casado, sua suja! Sua mundana! E
agora, quem vai cuidar desse filho?
Filha: Ninguém, papai.
Pai: Como ninguém!?
Filha: Ninguém, pai. Essa criança não existe mais. (faz-se
silêncio) Eu abortei ...
Cena IV Os
7° e 8° Mandamentos
Deus: Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
Num
escritório, um funcionário com dez anos de casa, está mexendo nos documentos da
empresa e apanha alguns para si como cheques, ações, dinheiro. Na troca de
escala, entra outro funcionário, com seis meses de casa, para o trabalho. Eles
se cumprimentam. O segundo funcionário começa a trabalhar normalmente: abre o
cofre, arruma a mesa de trabalho (reclama alto o que o outro deixou
desarrumado), guarda o que o outro largou na mesa ao efetuar o roubo (este não
sabe do roubo do outro). O chefe entra em cena, inicia seu trabalho, e sente
falta de alguns documentos. Questiona o segundo funcionário sobre a falta de
alguns papéis, que lhe responde não saber nada a respeito. O chefe, então, vai
atrás do primeiro funcionário (o ladrão) e conversa com ele. Este acusa o
segundo funcionário do roubo. O segundo funcionário, injustiçado, se desespera
quando o chefe o acusa e chama a polícia.
Patrão: Jorge, você viu os documentos, os cheques e o dinheiro
que estavam aqui?
Funcuonário
2: Não, senhor! Quando cheguei, já
estava tudo desse jeito que o senhor está vendo.
Patrão: (Desconfiado) Mas não pode! Tenho certeza de que esses
papéis estavam aqui... Acho que vou perguntar para o Pedro, era ele que estava
aqui antes de você.
Funcionário 2: (Com ingenuidade) Não, não! Deixa para lá. Achei
alguns documentos e guardei aqui na gaveta. De repente, é algo que o senhor
está procurando. (passa os papéis para o patrão)
Patrão:
(Nervoso) tá bom! Deixa eu ver isso.
(pega os papéis, sai de cena e vai buscar o primeiro funcionário)
Funcionário 2: (Para o
público) Demorei tanto para conseguir este trabalho e estou aqui a tão pouco
tempo... E esses papéis sumiram... Acho que vai acabar sobrando para mim...
(Entram
o patrão e o funcionário 1)
Funcionário
1: Pois é chefe! Estava tudo aqui,
hoje pela manhã, na mais perfeita ordem, como de costume.
Patrão: Então, como sumiu, assim de repente?
Funcionário 1: Olha, estou aqui há dez anos, são dez anos, e isso
nunca aconteceu antes. Não sei como isso foi acontecer.
Patrão: (Já mais nervoso, falando para o func. 2) Então, só
sobra você!
Funcionáio 2: Mas não fui eu, hoje quando cheguei estava tudo fora
do lugar, e o que eu fiz foi só arrumar, é verdade.
O
padrão começa a acusar o funcionário 2, com a ajuda do funcionário 1, ele tenta
se defender mas não consegue. O patrão termina a discursão chamando a POLÍCIA.
Cena V
Os
9° e 10° Mandamentos
Deus:Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu
próximo, nem os seus empregados, nem o seu gado, nem coisa alguma que lhe
pertença.
Apagam-se
todas as luzes e são acendidas seis lanternas por alguns atores misturados à
platéia. Surgem duas garotas na platéia, bem “patricinhas”, que começam um jogo
de cobiça com os pertences do público. Elas irão comentar, entre si, com
bastante inveja e de forma bem doentia, a respeito dos pertences do público:
relógios, jóias, roupas, namorados, empregos, carros, casas, etc. Elas vão
falando e se dirigindo para o palco, continuam apontando para o público, até
sumirem na escuridão.
Cena VI
Conclusão
(Música
alta e com efeitos de trovoadas, barulho de tempestade - até o momento que ele
abaixa as tábuas e começa a falar - no final aumentar a música e ir abaixando a
medida que o foco de luz for diminuindo)
Moisés
se dirige ao centro do palco e levanta as duas tábuas já com os Dez
Mandamentos. E diz estas palavras:
Moisés: Deus enviará para vocês um profeta que será parecido
comigo, e vocês vão obedecê-lo. Ele será o próprio Filho de Deus que, mesmo em
meio aos sofrimentos, será obediente até a morte de cruz. Ele se tornará a
fonte da salvação para todos os que, na fé, o obedecem pois: “como pela
desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela
obediência de um, muitos serão feitos justos”.
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