sábado, 2 de maio de 2015

Espelho, Espelho Meu Existe Alguém Mais Pecador Do Que Eu ???

Espelho, Espelho Meu Existe Alguém Mais Pecador Do Que Eu ???
Jovens do Departº JELPAZ - Vila Velha - ES

Cena I

(A entrega dos Dez Mandamentos. O palco está totalmente às escuras, com um único foco de luz sobre o ator que representa Moisés. Deus lhe dirige as palavras escritas em Êxodo 20.2-17 (um jovem lê o texto na Bíblia enquanto uma música de fundo bem baixa toca. Esta podendo ser só instrumental.). Moisés permanece em silêncio, ouvindo, segurando nas mãos as Tábuas dos Dez Mandamentos, não mostrando para o público.)
Cena II

(Os 1°, 2° e 3° Mandamentos. Deus fala a Moisés, que se encontra no canto do palco, os 1°, 2° e 3° Mandamentos, com um foco de luz direcionado para ele, depois apaga-se a luz e vem a cena.)

Deus: Eu sou o Senhor teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim. Não tomarás em vão o nome do Senhor, teu Deus, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. Santificarás o dia do descanso.

Música alta o tempo todo, começando lento e ir aumentando no rítmo. No centro do palco encontra-se um ator vestido com uma túnica branca representando um cristão. Em uma das mãos, ele segura uma placa em formato de coração, onde se encontra escrito “DEUS”. Um ator entra em cena carregando outra placa com os dizeres “NÓS ADORAMOS" (ou se preferir um jovem fala estas palavras - alto). Em seguida, dois outros atores vestidos de negro, tentarão seduzir o cristão lhe oferecendo coisas que representam falsos deuses, como dinheiro, bebida e comida. Eles irão sujando a túnica branca do cristão (com tinta guache - preta), que, em vão tenta resistir. Após isso, eles se retiram de cena. O cristão permanece, com a placa abaixada quase caída . Novamente, um ator passa no palco com uma placa onde se vê escrito “JURO POR DEUS QUE ESTE É O CAMINHO” (Ou antes dos dois atores saírem fala um jovem estas palavras). Claramente se perceberá o uso do nome de Deus em vão, ao se dizer que o caminho das tentações e da transgressão aos Mandamentos é o certo. Continuando a cena, uma placa (ou jovem dizendo) onde se lê “DOMINGO: DIA DE LAZER” será exibido ao público. Dois atores, representando “alternativas mais agradáveis” de coisas para se fazer no dia do descanso (praia, futebol, rock...) irão continuar sujando a túnica do cristão. Nenhum destes atores falará nada; apenas utilizarão expressão facial e corporal para representação. (se desejar pode até utilizar frases chaves ficando a critério de cada um). Ao final da cena, todos os personagens que representam as transgressões contra os três primeiros mandamentos estarão no palco continuando a sujar o cristão. Ele, por sua vez, na tentativa de as libertar, rasga a túnica suja mas não consegue arrancá-la de si devido ao seu afastamento de Deus. Durante toda a cena, este cristão vai abaixando e tentando pegar a placa caída no chão com o nome de DEUS, simbolizando seu afastamento do Senhor e sua fraqueza de fé.
Cena III

Os 4°, 5° e 6° Mandamentos

Deus: Honrarás a teu pai e tua mãe, para que vás bem e vivas muito tempo sobre a terra. Não matarás. Não cometerás adultério.

Entram em cena pai e filha discutindo violentamente, pois o pai encontrou, no quarto da filha, um exame de gravidez positivo. Durante a discussão, ela fala que o filho é de um homem casado e confessa um aborto.

(Música alta até o início da fala - Num rítmo de suspense)

Filha: Como você se atreveu a mexer nas minhas coisas?

Pai: Não interessa! O que interessa é aquilo que encontrei no seu quarto!

Filha: Dane-se pai! Era meu! Era particular! Você não tem nada a ver com isso! É problema meu!

Pai: Problema seu, problema seu vírgula! Eu sou seu pai! O que você fez é uma vergonha! Quem é o pai dessa criança!

Filha: Você não vai querer saber!

Pai: Por quê? Eu conheço?

Filha: Conhece, sim, é o Mário ...

Pai: Quem?!? Como você se atreveu?!? Ele é casado, sua suja! Sua mundana! E agora, quem vai cuidar desse filho?

Filha: Ninguém, papai.

Pai: Como ninguém!?

Filha: Ninguém, pai. Essa criança não existe mais. (faz-se silêncio) Eu abortei ...

Cena IV             Os 7° e 8° Mandamentos

Deus: Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

Num escritório, um funcionário com dez anos de casa, está mexendo nos documentos da empresa e apanha alguns para si como cheques, ações, dinheiro. Na troca de escala, entra outro funcionário, com seis meses de casa, para o trabalho. Eles se cumprimentam. O segundo funcionário começa a trabalhar normalmente: abre o cofre, arruma a mesa de trabalho (reclama alto o que o outro deixou desarrumado), guarda o que o outro largou na mesa ao efetuar o roubo (este não sabe do roubo do outro). O chefe entra em cena, inicia seu trabalho, e sente falta de alguns documentos. Questiona o segundo funcionário sobre a falta de alguns papéis, que lhe responde não saber nada a respeito. O chefe, então, vai atrás do primeiro funcionário (o ladrão) e conversa com ele. Este acusa o segundo funcionário do roubo. O segundo funcionário, injustiçado, se desespera quando o chefe o acusa e chama a polícia.

Patrão: Jorge, você viu os documentos, os cheques e o dinheiro que estavam aqui?

Funcuonário 2: Não, senhor! Quando cheguei, já estava tudo desse jeito que o senhor está vendo.

Patrão: (Desconfiado) Mas não pode! Tenho certeza de que esses papéis estavam aqui... Acho que vou perguntar para o Pedro, era ele que estava aqui antes de você.

Funcionário 2: (Com ingenuidade) Não, não! Deixa para lá. Achei alguns documentos e guardei aqui na gaveta. De repente, é algo que o senhor está procurando. (passa os papéis para o patrão)

Patrão: (Nervoso) tá bom! Deixa eu ver isso. (pega os papéis, sai de cena e vai buscar o primeiro funcionário)

Funcionário 2:  (Para o público) Demorei tanto para conseguir este trabalho e estou aqui a tão pouco tempo... E esses papéis sumiram... Acho que vai acabar sobrando para mim...

(Entram o patrão e o funcionário 1)

Funcionário 1: Pois é chefe! Estava tudo aqui, hoje pela manhã, na mais perfeita ordem, como de costume.

Patrão: Então, como sumiu, assim de repente?

Funcionário 1: Olha, estou aqui há dez anos, são dez anos, e isso nunca aconteceu antes. Não sei como isso foi acontecer.

Patrão: (Já mais nervoso, falando para o func. 2) Então, só sobra você!

Funcionáio 2: Mas não fui eu, hoje quando cheguei estava tudo fora do lugar, e o que eu fiz foi só arrumar, é verdade.

O padrão começa a acusar o funcionário 2, com a ajuda do funcionário 1, ele tenta se defender mas não consegue. O patrão termina a discursão chamando a POLÍCIA.

Cena V

Os 9° e 10° Mandamentos

Deus:Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem os seus empregados, nem o seu gado, nem coisa alguma que lhe pertença.

Apagam-se todas as luzes e são acendidas seis lanternas por alguns atores misturados à platéia. Surgem duas garotas na platéia, bem “patricinhas”, que começam um jogo de cobiça com os pertences do público. Elas irão comentar, entre si, com bastante inveja e de forma bem doentia, a respeito dos pertences do público: relógios, jóias, roupas, namorados, empregos, carros, casas, etc. Elas vão falando e se dirigindo para o palco, continuam apontando para o público, até sumirem na escuridão.

Cena VI

Conclusão
(Música alta e com efeitos de trovoadas, barulho de tempestade - até o momento que ele abaixa as tábuas e começa a falar - no final aumentar a música e ir abaixando a medida que o foco de luz for diminuindo)

Moisés se dirige ao centro do palco e levanta as duas tábuas já com os Dez Mandamentos. E diz estas palavras:


Moisés: Deus enviará para vocês um profeta que será parecido comigo, e vocês vão obedecê-lo. Ele será o próprio Filho de Deus que, mesmo em meio aos sofrimentos, será obediente até a morte de cruz. Ele se tornará a fonte da salvação para todos os que, na fé, o obedecem pois: “como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos”. 

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