sábado, 2 de maio de 2015

A resposta do eu

A resposta do eu

Autor: Autor desconhecido
Tema: Escolhas na vida
Personagens: Luiz, Pai, Mãe, Amigo, Namorada, Jovem.
Tempo aproximado: 20 a 30 minutos
Sinopse: Luiz está a procura de respostas, cada personagem mostra seus lado ruim e seu lado bom. Mensagem: Como você encara a vida? De forma ruim ou boa? Quais são suas escolhas?

Cenário: Luzes apagadas, música. Uma luz acende-se focando um jovem deitado. Ele levanta-se aos poucos, cerrando os punhos, procurando algo, clamando em alta voz:

Luiz: Onde estão vocês? Eu preciso de alguém! Onde estão vocês? (demonstra nos olhos medo, solidão, desespero. Rasteja, estendendo as mãos à procura de alguma coisa. A luz se apaga e torna a acender-se. Ele fica ali imóvel, deitado, e entram cinco pessoas vestidas de preto. Andam ao seu redor, unem suas mãos sobre ele e, a um toque violento da música, todos se jogam para trás, ficando de costas para ele. Ele torna a falar).  Onde estão vocês? Onde estão vocês que me davam tudo? Eu pedia e tinha, olhava e possuía. Por que agora estou só? Porque tudo parece estúpido? Esta vida não me dá mais prazer...quero morrer... Quero viver, me ajudem a viver. Onde estão vocês? (pausa) Quanto tempo ainda terei que agüentar esta mísera situação de abandono e de dolidão? Será que devo aceitar tudo e calar quando for ultrajado? Porque estou só? Tem alguém aqui? Onde estão vocês?
(uma das pessoas se virá para ele e fala em tom firme e autoritário):
Pai: Pára de histerismo. O que queres? Dinheiro, roupas, carro? Que procura é essa? Tem tudo, sempre teve tudo, nada te falta. Trabalhei uma vida...para ver isso. Sempre me deu trabalho com suas festinhas, brigas, boates, porres, batidas de carro, mas sempre paguei tudo... E agora tenho que ver isso? Me diga logo: o que queres? Procura alguém? Ora, vamos, já não és mais criança. Vê se começas a lutar pela vida. Deves assumir atitude de um homem responsável. Não me faças passar vergonha perante os outros. Eu te eduquei e, se quiseres falar comigo, é só falar...afinal sou seu pai.
(Ele se volta à posição inicial e uma mulher, olhando para ele, diz);
Mãe: Que foi agora? Mais uma crise? Isso passa logo. Já chamei teu médico. Todos me perguntam o que há com você. Sejas mais discreto. O que vão pensar nosos amigos? Mandei que arrumassem teu quarto e comprei alguns presentes; deixei sobre a cama. Que queres, Luiz? Falta só um ano para concluires a tua Faculdade de Medicina como eu sempre quis. O que procurar? Fala logo. Tenho muito o que fazer e também já estás bem grandinho. Não chegaram os nove meses que tive de te carregar no ventre? Que mais queres da tua mãe? Agora tu estás no mundo e deves ter a coragem de assumi-lo.
(Ela se volta à posição, quando outro se aproxima em tom de gíria):
Amigo: Qual é, cara? Ficar aí berrando aos quatro ventos é que não dá. Vamos curtir umas aí. Fuma um pouquinho (dá uma gargalhada). Consegui um que é jóia. Não foi fácil, mas vai te fazer esquecer rapidinho esta onda aí. Pô, tô levando o maior lero contigo e tu ficas aí, distante. Depois de tanta farra que fizemos juntos...Vamos dar umas voltas de carro, bagunçar, dar umas mexidinhas nas leis. Vamos esquecer as mágoas numa loirinha geladinha. Afinal, somos amigos.
(Ele volta a se abaixar e outro toma a palavra):
Namorada: Luiz, o que está havendo? Saímos sempre numa boa, nunca precisaste ficar gritando por ninguém. A turma gosta da nossa companhia, não te prendo, sou liberal e aceito tuas paqueras; somos um casal ideal. Vamos levantar o astral...Nem sempre vai ter um convite tão bom. Vamos, não sejas tolo... Está bem, se pretendes ficar aí, eu vou andando. Não vá se arrepender depois. Será pior.
(Ela se afasta e outra fala apontando-lhe o dedo):
Jovem: Viste? Eu te falei. Disse prá tu saíres desta vida vazia. Estas tuas companhias...Agora estás aí, desesperado... falei para seres mais decente, religioso. Até te convidei para ires na juventude e nas festinhas. Não foste, agora o azar é teu. Meu tempo é curto e é triste te ver assim. Tinhas tudo para ser feliz, mas não soubeste usar...Deus não mata, mas castiga. Se eu soubesse disso antes, nunca teria perdido meu tempo contigo.
(Todos ao mesmo tempo voltam à posição e tornam a andar em torno dele. A luz se apaga e torna a ligar, e Luiz novamente está só. Ele levanta aos poucos, com um tom alto de voz que vai baixando):
Luiz: O que está acontecendo? Não consigo entender. Tudo me é tão estranho, vazio; me sinto só. Tenho tudo, mas é como se não tivesse nada. Não quero fama, farras, presentes, aparência, alguém para me dizer se estou certo ou errado. Eu preciso de alguém que me ouça. Nem eu consigo entender o que estou sentindo, o porquê de todo esse vazio...O que está acontecendo?
(Direje-se à platéia):
E vocês, porque me olham? Por que não me dizem algo? Acham que estou louco? Há, há, há. Acham que sempre aprontei para chamar a atenção e esta é mais uma... Não, não sou louco, mas apenas quero que me ouçam, me ajudem. Estou sempre cercado de gente, mas sempre só. Não sou nada, nada... E vocês não sofrem? Não houvem? Sentem nojo, raiva de mim? Por que não falam? Por que qpenas me olham? Onde estão vocês?
(Ele fica novamente deitado e com uma música suave entram 5 pessoas vestidas de branco que andam em volta dele, estendem a mão a ele e vão recuando, baixando-se. Um deles se aproxima, com ar de compassividade, e fica junto dele).
Pai: Meu filho, tu estás só! O que há contigo? Estou aqui, quero te ouvir, te entender. Tu precisas de fé...fé em algo verdadeiro, nada consumível. Tudo na vida passa, coisas materiais se consomem. Mas há algo, meu filho, que está além de nosso entendimento. Algo que nos faz viver, que nos une neste momento. Muitas coisas fogem à nossa compreensão e hoje percebo o quanto mais deveria estar ao teu lado, como um jardineiro que cuida da flor em crescimento. Meu filho, perdoa-me!
(O pai permanece junto dele enquanto outro se aproxima):
Mãe: Há momentos em que passamos dificuldades, problemas, insegurançae, então, o desespero. Mas temos entre nós algo mais importante: o amor. Tu foste desejado por mim e por teu pai. Nós te amamos e estamos aqui. Há coisas que realmente não são como esperamos, mas certamente é para nosso bem que uma mão protetora nos conduz. Chora, isso te fará bem... Também preciso chorar. Dói ver que precisavas de mim e eu não soube perceber isso, ver somente hoje que tu precisas de tua mãe verdadeira. Meu filho, vamos recomeçar uma família...
(Ela também permanece junto dele, enquanto outro se aproxima):
Amigo: Aí, cara! Temos muito o que conversar, não é? Precisamos desabafar e ouvir. A gente passa por certos vazios e procuramos sempre algo novo, diferente. Mas há alguma coisa que nos faz sermos irmãos...Preciso de ti tanto quanto precisas de mim. Pelo que estás passando, pelo que passaste, estais mais perto da verdadeira felicidade. Estou aqui, pode contar comigo.
(Ele fica ali e uma moç se aproxima):
Namorada: Luiz, nos conhecemos há tanto tempo. Um conhece o outro o bastante para não haver segredos entre nós. O que tens? Não queres me falar? Eu te amo, e o amor verdadeiro é forte, é paciente, é sereno; é esse amor que nos une. Procuras paz, compreensão, o porquê da tua existência... A resposta está aqui: temos fé. Todas as vezes que nos encontramos Luiz, acredite, é porque assim deve ser. O amor é espontâneo. É uma agulha que nos mantém próximo. Precisamos aperfeiçoareste amor, acreditar no amor e na felicidade. Se precisares de mim, conta comigo.
(Ela também permanece no local, quando outro se aproxima):
Jovem: Luiz, esta tua procura já demonstra parte do teu achado. Todos nós vivemos numa época de contestação, em que os valores básicos da humanidade são questionados e trocados. Sacrificam-se verdades, modificam-se conceitos e comportamentos. A única solução para esses problemas está em Cristo. O problema não está em Deus; o problema reside no homem, que não deixa Deus falar em sua vida. Luiz, te liberta das revoltas e deixa fluir de ti esta esperança que procuras. Só há um modo de sentires realmente esta paz: deixa Cristo entrar na tua vida. Todos temos defeitos, e a culpa de todos os males está em nós. Enquanto não reconhecermos que dependemos dele e não de nós mesmos ou de outros, não seremos felizes e não teremos perspectiva de vida. Devemos nos arrepender de nossos pecados e aceitarmos Jesus como nosso Salvador. Ele mesmo diz: Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.
(Então a jovem se dirije ao público e continua falando à platéia):
E vocês, o que fazem? Onde estão vocês? Onde andam mecanismo selvagem? Que fazem para mudar? Apenas se acomodam, vendo as coisas passarem? São pessoas aprisionadas em seus próprios conceitos? Vivem à margem da realidade ou se juntam a eles? O maio em que vive, como encaras? Como vês as crises sociais, a miséria , crise de valores, domínios políticos, economia? Levas Cristo como a solução? Vamos buscar, fortalecidos em Cristo, liberdade, justiça, igualdade e um congraçamento entre as pessoas. Vamos buscar direitos, usando nossa liberdade dentro da palavra, nosso testemunho através de nossas decisões. Vamos mudar, vamos ser  luz para que de fato e de verdade possamos viver a vida que Deus nos dá nesta Terra e para desfrutarmos o reino glorioso que há de vir.



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