Filhos, Herança do Senhor
Autor: Raquel Souza
Tema: Dia das Mães
Personagens: Narrador, Ana, Penina, Elcana, Eli, Samuel, Voz.
Tempo aproximado: 30 a 40 minutos
Sinopse: Encenação da história de Ana e Samuel, contada na Bíblia em 1
Samuel 1 a 3. Mensagem final para as mães segurem o exemplo de Ana e educarem
seus filhos nos caminhos do Senhor.
Narrado: No livro de I Samuel nos capítulos de 1 a
3 encontramos a historia de uma mulher chamada Ana.
Ana era casada com um homem da tribo de Efraim
chamado Elcana que morava em Rama. Por ser um costume da época
Elcana possuía outra mulher: Penina, esta possuía filhos e filhas, porém
Ana era estéril.
Todos os anos Elcana saía de Rama e ia à Silo a fim
de adorar e oferecer sacrifícios ao Deus Todo Poderoso, juntamente com ele iam
suas mulheres e seus filhos e para cada um deles dava-lhe uma porção para o
sacrifício, mas como ele amava mais a Ana dava a ela uma porção dobrada.
Penina ao perceber o amor de seu marido para com
Ana se tornou inimiga da mesma. Constantemente ela a aborrecia e a humilhava:
(Entram no palco Penina e Ana)
Penina – Crianças, onde estão vocês?
(Entram as crianças)
Penina – Meus filhos! Como é bom
tê-los comigo. Vocês são a alegria da minha vida, como seu pai fica feliz
em ter vocês. Obrigado Senhor por poder conceder essa satisfação ao meu esposo.
Filhos! Presente de Deus para Elcana e para mim. Como nossa casa ficaria triste
sem eles! Vamos, crianças é hora de voltarmos pra casa.
(Dirigindo-se para Ana) Já chamou
pelos seus Ana? Precisamos ir agora. Pegue seus filhos, já é hora de voltarmos
(Ana fica chorando)
Elcana – Ana?! Porque
você está chorando? Ana, me conte o que aconteceu com você? Porque não come?
Porque está sempre triste? Você não era assim Ana. O que foi filha, me conte.
Ana – Como posso estar feliz se não
tenho filhos? Como não ficar triste se não posso te dar essa alegria?
Elcana – Não fique assim, Ana.
Você é uma mulher tão bela, essa fisionomia abatida não combina com você.
Libere um sorriso. Vamos, sim?
Ana - Você não pode entender...
Porque todas as mulheres podem ter filhos e eu não. (Ana começa a chorar).
Senhor, não vou conseguir agüentar tamanha humilhação. (Ana continua a
chorar) A cada dia sofro com as provocações de Penina. Elcana, porque não
posso ser mãe? O que fiz pra merecer isso? Veja Penina, quantos filhos ela lhe
deu ... e eu?
Alcana – Ana, não há motivo para
essa tristeza toda. Por acaso eu não sou melhor para você do que 10 filhos?
Quero vê-la da forma como a conheci. Radiante de felicidade e com um sorriso
aberto. Eu te amo e você bem sabe disso. Não quero te ver triste desse jeito.
Faça isso por mim
Penina (dirigindo-se para Ana) – Sabe
Ana, no fundo sinto muita pena de você. Acredite, não sei o que faria se Deus
não permitisse que tivesse filhos. (Suspiro) É, mais Deus sabe o que
faz. Se você não pode ter, paciência! Nada vai fazer mudar essa situação
Narrador – No ano seguinte Elcana
tornou a dirigir-se à Silo. Ana continuava a sofrer humilhações de Penina.
Penina (dirigindo-se para Ana) –
Ó Ana, você anda tão cabisbaixa... Mas eu até entendo. Há situações na
vida que nos deixam assim mesmo. Eu ao menos tenho os meus filhos, já você...
(Ao ouvir essas palavras Ana corre
desesperada para a tenda sagrada, que pode ser um local a esquerda do palco)
Ana – Ó Deus Todo
Poderoso, olha para mim, tua serva. Vê a minha aflição e lembra-te de mim! Não
te esqueças da tua serva. Se tu me deres um filho, prometo que o dedicarei a ti
por toda a vida... Senhor Deus de Israel atenta para o clamor da tua serva.
Dê-me essa alegria, ó Pai. Um filho Senhor, só é isso que lhe peço, um filho...
Conceda-me essa graça que eu o devolverei para o Senhor, não o quero pra mim, ó
Deus, somente desejo abraça-lo e ter a felicidade de poder ser mãe. ó Senhor...
tenha piedade, piedade Senhor...
(Eli se aproxima e ao ver Ana mexendo
naquele estado, a repreende pensando que ela estivesse embriagada)
Eli – Essa aqui é
uma tenda sagrada, não é uma habitação qualquer minha senhora, isso aqui
é a casa do Nosso Deus. Se faz necessário que todos, todos respeitem esse
lugar... (pequena pausa) Até quando você vai ficar embriagada? Quanta
perversão! Da próxima vez que desejar adentrar a esse lugar aparta de ti
o vinho e veja se ao menos entre consciente.
Ana (olhando humildemente e calada) –
Senhor, eu não estou bêbada, não bebi nem vinho nem bebida forte. Estou
desesperada e estava orando, contando a minha aflição ao Eterno. Não pense que
sou uma mulher sem respeito, eu estava orando daquele jeito porque sou muito
infeliz e sofredora. Ó Sacerdote, estou angustiada, sou uma mulher atribulada
de espírito. Nada tenho bebido porém tenho derramado a minha alma perante o
Deus dos céus.
Eli – Agora entendo... fiz mau juízo
sobre a senhora. Percebo que és de fato uma mulher temente a Deus, pois em meio
ao meu julgamento precipitado nem por isso se alterou ... Sendo assim vá
em paz, que o Deus de Israel lhe dê o que você pediu. Eu que a um momento atrás
te repreendi agora te abençou. Que o Deus Eterno te conceda a tua petição
Narrador – Assim Ana saiu e já não
estava tão triste. Na manhã seguinte Elcana e sua família se levantaram cedo e
adoraram ao Senhor e voltaram para a sua casa em Ramá. Em Ramá Elcana
possuiu a Ana e o Senhor respondeu a sua oração. Ela ficou grávida e no tempo
certo deu a luz um filho e pôs nele o nome de Samuel
(Ana entra no palco com uma criança de
poucos meses no colo)
Ana – O
Senhor ouviu a minha oração. Glórias a Deus, hoje sou mãe! Louvado
seja o Senhor dos Exércitos que atentou os seus ouvidos à voz das minhas
súplicas. Ó Senhor, concedestes o desejo do meu coração. Graças a ti ó Pai, não
me desamparastes, pelo contrário tens mostrado que seus ouvidos não estão
tapados para que não possa ouvir aos que clamam a ti e esse filho se
chamará Samuel, Samuel será o seu nome pois eu o pedi ao Deus Eterno.
Engrandecido sejas para todo o sempre! Vejam eu tenho um filho. Sou uma mãe.
Narrador – Um ano depois, Elcana e sua
família foram a Siló para oferecer ao Senhor o sacrifício anual
(No palco Ana, Samuel e Elcana)
Elcana – Já é hora de irmos. Você vem
conosco Ana?
Ana –Dessa vez não irei, mas assim que
o menino for desmamado, eu o levarei a casa do Senhor para que ele fique lá
toda a sua vida.
Elcana (surpreso) – O que você
disse? Acho que não entendi direito, como pode Ana?
Penina – Esta maluca?!? Você só
tem um filho e vai dá-lo ao Senhor por toda a sua vida.
Ana – Assim como o Eterno foi
fiel comigo também serei fiel a ele. Samuel será oferecido ao Senhor, visto que
ele atendeu a minha oração.
Elcana – É... faça o que achar melhor.
Fique em casa pelo menos até que ele seja desmamado e o Senhor faça que de fato
se cumpra a promessa que você fez
Narrador – Ana ficou em casa e
amamentou o filho. Depois que ele foi desmamado ela o levou a Silo. Samuel
ainda era muito pequeno quando sua mãe o levou a casa do Senhor e o entregou ao
Sacerdote Eli
(No palco Ana, Elcana, Samuel e Eli)
Ana – Sacerdote Eli, sou aquela mulher
que o senhor viu aqui orando. Eu sou aquela que se encontrava angustiada e aqui
estava ajoelhada somente a mexer os lábios. Eu pedi essa criança ao Meu
Deus e Ele me deu o que pedi. Por esse menino orava eu e fui respondida
Por isso agora estou dedicando este menino ao Eterno. Enquanto ele viver
pertencerá ao Todo Poderoso. Eu o pedi mais não para que ficasse pra mim, mais
para ser entregue ao Senhor. (Eli recebe o menino)
Eli – Louvado seja
o Senhor Deus que está sempre pronto a atender as orações dos seus servos.
Certamente esse menino será um vaso de honra para o Deus dos céus. Algo de
especial há reservado para ele. Assim que se cumpra o voto que votaste
como também a vontade do Senhor
(Ana e Elcana se despedem do menino
Samuel e com eles ainda no palco Ana faz essa oração)
Ana – O Deus Eterno
encheu o meu coração de alegria; por causa do que Ele fez hoje eu ando de
cabeça erguida. A mulher que não podia ter filhos deu a luz 7 filhos mas a que
possuía muitos filhos ficou sem nenhum. Estou rindo dos meus inimigos e me
sinto feliz pois Deus me ajudou. Ele levanta os pobres do pó e tira da miséria
os necessitados, Ele protege a vida dos que são fiéis a Ele mas destrói
os seus inimigos. Ninguém é Santo como o Deus Eterno, não existe outro Deus
além dele, não há protetor como o Nosso Deus.
Narrador – Então Elcana
voltou para a sua casa em Ramá mas o menino Samuel ficou em Siló no serviço do
Senhor como ajudante do Sacerdote Eli.
Samuel era ainda muito pequeno e mais já ajudava
Eli na adoração ao Senhor. Naqueles dias poucas mensagens vinham do Senhor e as
visões também eram muito raras. Certa noite quando Eli estava dormindo no seu
quarto o Deus Eterno chamou a Samuel:
Voz – Samuel,
Samuel...
Samuel – Estou aqui. (corre e vai ter com Eli).
O Senhor me chamou, Sacerdote Eli. Estou aqui o que queres?
Eli – Eu não chamei você, Samuel. Volte para seu o
quarto, você deve ter sonhado
Samuel – Não, não foi um
sonho. Eu ouvi claramente quando alguém chamou Samuel, Samuel. Pensei ter sido
o senhor
Eli – Mas não foi eu quem o chamou, vá se
deitar está bem?
Narrador – Por mais uma vez o menino Samuel ouviu
chamar o seu nome, mas ele ainda não conhecia a voz do Deus Eterno. Em seguida
o Senhor chamou Samuel pela terceira vez
Voz – Samuel,
Samuel
Samuel – Estou aqui. O senhor me chamou? O
que queres?
Eli – Meu filho, já é a terceira vez em que você
escuta alguém lhe chamar e não sou eu... Ah, agora compreendo é o Senhor quem
está chamando por você, meu filho. Glórias a Deus! O Eterno não se esqueceu do
seu povo e tem algo a nos dizer Volte para a cama e se novamente chamarem por
você diga: Fale ó Senhor pois o teu servo está escutando.
Narrador – E Samuel voltou para a cama. Então
o Eterno veio e ficou ali. E como havia feito antes, disse:
Voz - Samuel, Samuel!
Samuel (ajoelhado) – Eis-me
aqui. Fale, ó Senhor pois o teu servo está escutando
Voz – Samuel, eis aqui vou eu fazer
uma coisa em Israel, a qual todos os que ouvir lhes tinirão ambas as orelhas...
Narrador (começa um pouco
antes da voz cessar de falar) – Samuel continuava no serviço do Deus Eterno.
Embora ainda fosse menino vestia um manto sacerdotal de linho. Todos os anos
Ana sua mãe fazia uma túnica para ele e levava quando ia com seu marido
oferecer o sacrifício anual.(Samuel corre e abraça seus pais e todos estão
muito alegres). Então Eli abençoava Elcana e sua mulher e dizia:
(No palco Ana, Eli, Elcana e Samuel)
Eli (abençoando Elcana) – Que o Senhor
dê a você e a Ana sua mulher outros filhos para tomarem o lugar do que foi dado
a Ele. Fiel é Deus para fazer muito mais além daquilo que pensamos ou sonhamos.
Ele ao certo concederá a vocês muito mais do que vocês pediram
Narrador – E o Eterno
abençoou a Ana e ela teve mais 3 filhos e 2 filhas. E o menino Samuel crescia
no serviço do Deus Eterno
(No palco Ana, Elcana , seus cinco
filhos, Samuel e Eli)
Mensagem
Nesse relato podemos ver que o Senhor realizou o
desejo de Ana que era o de ser mãe. Percebemos também o exemplo de fé que Ana
demonstrou, pois ela que não podia ter filhos ao conseguir um o devolveu ao
Senhor. Mais não ficou somente nisso: como troca por sua obediência o Deus
Eterno lhe concedeu mais outros 5 filhos. Ana foi um canal de benção para o
povo de Israel pois seu filho Samuel mais tarde veio a ser um grande juiz e
profeta através de quem Deus falava
A todas as mães aqui presentes desejamos que
siga o exemplo de Ana que dedicou o seu filho ao Senhor.a bíblia nos diz
no livro de Salmos nº 127:3 que os filhos são um presente do Senhor, sendo
assim devemos ensinar-lhes como prosseguirem para que venham agradar a Deus. O
maior sonho de Ana era o de poder ser mãe, e ela ao ver o seu desejo realizado
não agiu com negligência ou egoísmo, pelo contrário; cumpriu com o seu
voto e abriu mão daquilo que tinha de mais precioso e ofereceu ao Deus que a
havia abençoado com essa dádiva. A nossa finalidade nessa rápida encenação é
poder mostrar para todas as mães aqui presentes que existe um caminho a ser
trilhado por nós e pelos nossos filhos. Ana conduziu Samuel por um caminho de
comunhão com Deus. Ela não só mostrou simplesmente qual era o
caminho, mas também andou por ele. E esse caminho é aquele que está
relatado em João 14:6 que diz “Eu sou o caminho, a verdade e a Vida, ninguém
vem ao Pai senão por mim”.. O caminho é Jesus, Cristo Jesus. É ele quem conduz
o homem ao céu.
Ana tinha certeza que o Deus que ela servia era poderoso
pra fazer muito mais abundantemente além daquilo que ela esperava, pois assim
como nos diz a palavra do Senhor no livro de Salmos nº 37 verso 4 onde consta
quando nós nos entregamos ao Senhor, quando nos colocamos a seu serviço, quando
fazemos a sua vontade, Ele concede o desejo do nosso coração. Que assim como
foi Ana todas as mães possam fazer o mesmo: Educar a criança no
caminho em que deve andar e até quando ela envelhecer não se desviará
dele.
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